domingo, 2 de dezembro de 2012

HISTÓRICO DO ENSINO DE ARTE NO BRASIL


HISTÓRICO DO ENSINO DE ARTE NO BRASIL

            As Artes Visuais são consideradas uma linguagem e uma das formas importantes de se expressar, e se comunicar, no mundo e na sociedade e são indispensáveis na Educação, e, sobretudo, na Educação Infantil.
            No entanto, para ser considerada Arte, propriamente dita, sofreu várias alterações no decorrer das décadas. Na escola tradicional, o ensino de Arte era voltado para o domínio técnico, mais centrado na figura do professor que trabalhava com exercícios por eles selecionados e livros didáticos.
            Entre os anos 20 e 70, influenciados pela tendência escolanovista, o ensino de Arte volta-se para o desenvolvimento natural da criança, centrado no respeito às suas necessidades e aspirações, valorizando suas formas de expressão e de compreensão do mundo. Buscavam espontaneidade e o crescimento ativo e progressivo do aluno. As atividades mostram-se como espaço de invenção, autonomia e descobertas, baseando-se principalmente na auto-expressão dos alunos.
            A Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922 foi o marco para a caracterização de um pensamento modernista. Nas Artes Plásticas houve uma abertura crescente para as novas expressões e o surgimento dos museus de arte moderna e contemporânea em todo o País.
            Até os anos 60 existiam pouquíssimos cursos de formação de professores no campo de Artes e qualquer professor sem formação específica poderia dar aulas de Desejo ou Artes Plásticas.
            Em 1971, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte é incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, mas é considerada atividades educativas e não disciplina.
A partir dos anos 80 constituiu o movimento Arte-Educação com a finalidade de conscientizar e organizar os profissionais. Este movimento permitiu que se ampliassem as discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor, que reconhecia o seu isolamento dentro da escola e a insuficiência do conhecimento e competência na área.
            Em 1988, com a promulgação da constituição, iniciam-se as discussões sobre a nova Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Houve manifestações e protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei, que retirava a obrigatoriedade da área.
            Com a lei nº 9394/96, revogam-se as disposições anteriores e Arte é considerada obrigatória na educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (art. 26, § 2ª).
            Em nossa década vivenciamos as características desse novo marco curricular as reivindicações de identificar a área por Arte, e não mais por Educação Artística, e de incluí-la na estrutura como área, com conteúdos próprios ligados à cultura artística e não apenas como atividade.

Artigo retirado na íntegra do blog<http://diversidadeeducacionalnaeradigital.blogspot.com.br/2011/08/importancia-das-artes-visuais-na.html> 

Arte/educação contemporânea


Falando em arte/educação contemporânea, vou me aprofundar no texto de Belison. Este classifica arte/educação como prática de ensino e aprendizagem em artes visuais e arte/educação contemporânea como uma prática que está em processo de experimentação.
Conforme o autor, arte/educação contemporânea passa por uma mudança radical. Isto ocorre ao contemplar pontos da cultura visual em sua grade curricular. As escolas de arte atualmente combatem as noções formalistas e as práticas tecnicistas e começam a explorar as experiências sensoriais do cotidiano.
Atualmente a arte educação tem buscado incorporar aspectos dos estudos culturais, da cultura visual, da criticidade. Isso na teoria.
O termo que surge nos dias atuais é cultura visual que conforme o texto, educação da cultura visual significa a atual concepção pedagógica que destaca representações visuais do cotidiano, estimulando práticas de produção, apreciação e despertando o senso crítico.
A cultura visual enfatiza as experiências diárias do visual. Baseada na representação visual, produção e circulação dos sentidos, visa abranger todas as formas de comunicação sensorial.
Conforme o autor, a educação da cultura visual conduz o indivíduo à consciência crítica, compreensão e ação, e está aberta a novas e diversas formas de conhecimento.
Belidson fala também a respeito da Educação Multicultural de Arte, que tem como objetivo gerar oportunidades de aprendizagem por meio da arte e promover a identidade individual e social.
Aguirre (2004) critica a educação da cultura visual, afirmando que esta despreza o fazer artístico ao privilegiar apenas a analise e compreensão da arte. Outros arte/educadores afirmam não estarem prontos para a complexidade desta.
Posso afirmar que estas ideias de cultura visual, ensino multicultural de arte, ainda flutuam apenas sobre o campo das discussões, pois na prática o que ainda vemos na arte/educação brasileira é ainda uma pedagogia tecnicista dos anos 70, onde o aluno é avaliado pelo fazer.

domingo, 18 de novembro de 2012

Lado a Lado


O programa de TV analisado é a novela Lado a Lado, que passa às 18h00min horas na rede globo de televisão.
A trama se passa no início da república, e aborda fatos importantes: início das favelas cariocas, o surgimento do samba, o futebol, o papel das mulheres.
O tema observado durante a semana foi o divórcio na sociedade da época, pois Laura, personagem principal da trama, se separa de Edgar e tem que permanecer escondida. A mãe de Laura inventa que ela foi “tratar dos nervos” para que ninguém da sociedade saiba que ela e Edgar se separaram.
A trama aborda valores sociais, culturais, éticos, políticos, religiosos, da época: A mulher era submissa ao marido, não tinham voz política, a religião se faz presente através da presença da igreja na sociedade e nos seus dogmas presentes na trama.
Como se trata de outra época, os valores e conceitos são outros, porém não descarta a reflexão referente a temas como: o papel da mulher na sociedade.
Na trama o homem é visto como provedor, como chefe de família; esta por sua vez, formada pela figura do pai, da mãe, filhos e em alguns núcleos avô, avó, tia.
A mulher da época era vista como mãe, dona de casa, senhora “prendada”. As crianças são retratadas como pequenos adultos nos núcleos mais abastados da trama. A educação era rígida e formal.
Não há personagens homossexuais na novela.
A trama retrata também o período pós-escravidão, a luta dos negros pela igualdade. Lado a Lado mostra o racismo e o preconceito que eram fortíssimos na época. Cita também fatos históricos importantes como a Revolta da Chibata.
Os atores estão caracterizados com roupas típicas do início do século XX. Roupas carregadas, as mulheres vestidas com muito tecidos nos tons: branco, rosê, bege e pastéis, muita renda nos detalhes. O figurino masculino dos homens de classe média da época eram ternos, e dos menos favorecidos calças de tecidos simples com suspensórios.
Como se trata de uma novela de época, o português é mais rebuscado.
Ainda percebe-se na trama a exaltação do corpo magro, pois mesmo sendo uma novela de época, as personagens principais são magras, esguias.
Nessa novela há personagens com o padrão de beleza europeu representado pelas atrizes Patrícia Pillar e Marjori Estiano, e o padrão de beleza brasileiro representado pelas atrizes Camila Pitanga e Sharon Menezes.
Não há reforço de um padrão de beleza e nem caricatura pejorativa.
As propagandas veiculadas à novela são: operadoras de celular, lojas de roupas, carros, TV por assinatura. Penso que eles adequam as propagandas ao público que assiste à novela.
Como todo veículo de informação, ainda que indiretamente, acaba influenciando a sociedade.
A novela mostra fatos históricos e ilustra a sociedade brasileira no início do século XX, traz um pouco mais de conhecimento a respeito dessa época.
Se eu pudesse reescrevê-la daria mais ênfase aos fatos históricos.

sábado, 10 de novembro de 2012

Resenha "O show de Truman"


O show de Truman conta a história de Truman Burbank, que desde o seu nascimento vive sem saber num reality show permanente.
Ele cresceu acreditando ter uma vida normal, não sabendo que sua vida era exposta a milhões de telespectadores diariamente.
Seus passos, seu cotidiano era calculado, projetado e ensaiado pelo diretor Christof. Seus familiares, esposa, amigos, colegas de trabalho e demais habitantes da cidade fazem parte de um grande elenco, comandado pela equipe de Christof (Ed Harris) o criador do show.
Aos poucos Truman nota algo estranho em sua pacata vida. Então começa a fazer coisas imprevisíveis para ver o que acontece. Então descobre que vive dentro de um grande cenário, onde tudo é fictício.
O filme é uma crítica à mídia e à exposição da vida pessoal em busca de Ibope. Embora ainda a TV não tenha chegado a tal absurdo, podemos dizer que está à caminho, pois presenciamos nos Big Brothers Brasil a exposição da intimidade, a deturpação de valores, até mesmo suspeita de estupro ocorrida no último BBB.
Outro fato que lembra tal violência foi o ocorrido no programa Pânico na TV, em que rasparam a cabeça de uma mulher simplesmente alguns pontos no Ibope.
O filme “O show de Truman” foi sucesso de crítica e bilheteria. Faz-nos refletir até que ponto a TV pode chegar, em busca de audiência.


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cláudio Mubarac


Claudio Mubarac

gravura claudio Mubarac galeria transversal
Claudio Mubarac junto com Evandro Carlos Jardim e Marco Butti podemos dizer são pessoas base na formação, desenvolvimento e compreensão da gravura brasileira contemporânea. Cada artista com suas diferentes poéticas além de forte e atuante produção artística, geram como professores novos artistas e grupos  de gravuras que atuam pela cidade de São Pauloe em todo Brasil.
Claudio Mubarac galeria transversal
gravura claudio Mubarac  bild von kunstinzicht nl
O trabalho de Claudio Mubarac sempre me chamou atenção, pelo preciosismo de suas imagens, além de levantar questões sobre as estruturas das linguagens de imagens de diferentes contextos, como anatomia, botânica, história da arte e comunicação de massa.
Claudio Mubarac
 A obra de Claudio Mubarac cria relações entre estas estruturas de diferentes naturezas, contruindo uma imagem da gravura contemporânea. Corpos, espaços, símbolos e matériais são apenas alguns dos temas e relações que surgem em suas gravuras, estas que podem ser gravura em metal, litografia (gravura sobre pedra) ou uma colagen de várias técnicas e suportes.
gravura claudio mubarac independet collector
E para ver a obra de Claudio Mubarac  abre hoje a exposição Do caderno das precisões  na galeria Transversal, com sua nova serie de novas e contemporâneas gravuras.  Apareça por lá. A Galeria Transversal esta situada na Rua do Bosque 206 São Paulo Brasil

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Juízo...

Juízo.....
Juízo é como um passarinho azul, gordinho e fofinho.
Lembro-me de quando comecei a criar juízo...Fazíamos várias coisas juntos.
Mas Juízo cresceu e ficou ligeiro...Vivia escapando.
Minha mãe gritava:
_Você perdeu o Juízo?? E lá ía eu, correndo atrás dele, igual a uma maluca.
Quando recuperava o Juízo, via as besteiras que tinha feito sem ele.
Então resolvi prender o Juízo numa gaiola para não perdê-lo mais... Mas ele começou a ficar triste, sozinho... e tudo começou a ficar tão chato...
Percebi então que as vezes era necessário perdê-lo para que assim ele possa ser saudável.
Se vc, assim como eu, tem juízo, perca-o às vzs.
Tenha juízo, mas não muito...


terça-feira, 24 de julho de 2012

Aparências

Numa noite longa, desta vida curta, ela o encontrou.
Rosto suave, olhar forte, marcante, quase como o pôr-do-sol.
Nos lábios um misterioso sorriso de quem já caminhou por muitos desertos.
Julgavam-no como perdido, sombrio.
Naquele momento foi o único que lhe estende a mão e a ajudou atravessar a escuridão da noite. Sem muitas palavras, pois quase não falava, vivia.
O que ninguém imaginava era que por trás daquele rosto pálido e frio pulsava um coração carente de amor.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Starry Night

Escolhi a obra de Vincent Van Gogh “Noite estrelada”, pois é minha preferida.

Atualmente encontra-se na coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Nessa obra, o céu noturno parece ser algo vivo, a forma com a qual foi pintada dá a sensação de movimento. Sensação essa, que foi materializada em vídeo. A obra ganha de fato movimento. (Confira no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=b4bA2viw1n8&feature=related)
As linhas enrolam-se, unem-se em traços dinâmicos, criando redemoinhos, sublinhando os movimentos e os contornos com espirais.
As pinceladas de amarelo e branco sobre o fundo azul-escuro, fazem com que as estrelas se abram como coroas brilhantes.
Segundo pesquisas, esta obra foi pintada quando o artista estava internado no sul da França.
“Pintada durante a internação do artista num asilo do sul da França, durante três noites. A paisagem retratada mistura o real com imagens de sua memória, como uma igreja tipicamente holandesa. É notável o contraste entre a calma do vilarejo e o caos celestial. Os ciprestes são o elo entre terra e céu. Segundo o pintor, "a noite é muito mais viva e colorida que o dia".

Museu de Arte Moderna, Nova York

Pinceladas soltas, cores fortes e linhas retorcidas, deformação proposital da realidade. O céu mostra uma avassaladora turbulência e a noite envolve tudo. Tudo está em movimento ondulante.
Van Gogh usa cores intensas e puras. Predominam as cores escuras para dar sensação de sentimento. Suas obras são bastante expressivas.

“A olharmos para a tela Noite Estrelada, temos a sensação de que o pintor observava tudo de um ponto no alto, mas ele já não tem a intenção de dizer nada, no sentido de perpetuar o que vê. É levado, apenas, a exprimir o que sente, ou o que se passa em sua alma conturbada. Seu incandescente e sinuoso cipreste parece querer atingir o céu, enquanto a lua explode-se em esplendor. À direita está um agrupamento de oliveiras, formando uma densa nuvem. As estrelas também ganham a posição de sóis. A cidadezinha parece insignificante lá embaixo, com um pouco de luz aqui e acolá, como se a vida humana já não mais lhe dissesse respeito. Apesar de frágil, só o pináculo da torre da igreja parece desafiar o céu. As aspirais de luz traduzem toda a energia do quadro, como se quisessem abraçar, ou expulsar, tudo que delas se aproximam.”


A cidadezinha quieta, à luz das estrelas, nos dá a sensação de ternura e serenidade. Vemos também a presença da igreja, do elemento religioso.





Referências
http://www.sescsp.org.br/sesc/galeria/20mundo/obra18.htm
http://www.almacarioca.net/van-goghnoite-estreladaludiasbh/
http://www.youtube.com/watch?v=b4bA2viw1n8&feature=related
http://memoriavirtual.net/2004/09/05/van-gogh-noite-estrelada-2/