Falando em arte/educação contemporânea, vou me
aprofundar no texto de Belison. Este classifica arte/educação como prática de
ensino e aprendizagem em artes visuais e arte/educação contemporânea como uma
prática que está em processo de experimentação.
Conforme o autor, arte/educação contemporânea
passa por uma mudança radical. Isto ocorre ao contemplar pontos da cultura
visual em sua grade curricular. As escolas de arte atualmente combatem as
noções formalistas e as práticas tecnicistas e começam a explorar as
experiências sensoriais do cotidiano.
Atualmente a arte educação tem buscado incorporar
aspectos dos estudos culturais, da cultura visual, da criticidade. Isso na
teoria.
O termo que surge nos dias atuais é cultura
visual que conforme o texto, educação da cultura visual significa a atual
concepção pedagógica que destaca representações visuais do cotidiano,
estimulando práticas de produção, apreciação e despertando o senso crítico.
A cultura visual enfatiza as experiências diárias
do visual. Baseada na representação visual, produção e circulação dos sentidos,
visa abranger todas as formas de comunicação sensorial.
Conforme
o autor, a educação da cultura visual conduz o indivíduo à consciência crítica,
compreensão e ação, e está aberta a novas e diversas formas de conhecimento.
Belidson
fala também a respeito da Educação Multicultural de Arte, que tem como objetivo
gerar oportunidades de aprendizagem por meio da arte e promover a identidade
individual e social.
Aguirre
(2004) critica a educação da cultura visual, afirmando que esta despreza o
fazer artístico ao privilegiar apenas a analise e compreensão da arte. Outros
arte/educadores afirmam não estarem prontos para a complexidade desta.
Posso
afirmar que estas ideias de cultura visual, ensino multicultural de arte, ainda
flutuam apenas sobre o campo das discussões, pois na prática o que ainda vemos
na arte/educação brasileira é ainda uma pedagogia tecnicista dos anos 70, onde
o aluno é avaliado pelo fazer.
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